Do G1 Brasilia
Presidente discursou na posse de três novos
ministros de seu governo.
Mudanças foram feitas no ministério para atender pleitos de PMDB e PDT.
Presidente
Dilma Rousseff discursou
na posse dos três novos ministros, (Foto: Roberto Stuckert Filho / Presidência) |
A presidente Dilma Rousseff afirmou neste
sábado (16), durante cerimônia de posse de três novos ministros de
seu governo, que mudanças são necessárias para garantir a governabilidade. A
troca no ministério foi feita para atender pedidos de PMDB e PDT.
"Não acredito que seja possível esse
país ser dirigido sem essa visão de compartilhamento e de coalizão. Eu aprendi
que numa coalizão você tem que valorizar as pessoas que contigo estão.
Parceiros da luta", disse Dilma, ao agradecer os ministros que deixaram o
governo.
A presidente deu posse ao deputado Antonio
Andrade (PMDB-MG), que assumiu o Ministério da Agricultura no lugar de Mendes
Ribeiro (PMDB-RS). O secretário-geral do PDT, Manoel Dias, substituiu o também
pedetista Brizola Neto (RJ) no Ministério do Trabalho. Na Secretaria de Aviação
Civil, o atual ministro de Assuntos Estratégicos, Moreira
Franco (PMDB-RJ), assumiu em substituição a Wagner Bittencourt.
A cerimônia durou menos de meia hora e não
teve discursos dos novos nem dos antigos ministros - eles somente assinaram o
termo de posse. O evento se deu sem as formalidades tradicionais de cerimônias
de posse porque Dilma viaja para o Vaticano nesta tarde, onde participará da
missa inaugural do pontificado do Papa Francisco.
Dilma afirmou, no discurso, que "a
capacidade de formar coalizões é crucial para o país". "Muitas vezes
as pessoas acreditam que a coalizão do ponto de vista da política é algo
incorreto. Estamos assistindo em alguns lugares do mundo processos de
deteriorização da governabilidade justamente pela incapacidade de se fazer
coalizão", disse, citando Estados Unidos e Itália.
Segundo Dilma, no comando do país, é
preciso fazer opções. "Governar é necessariamente é escolher entre várias
alternativas e por isso eu aprendi muito sobre o valor da lealdade entre
aqueles que desenvolvem com a gente a tarefa de governar, o valor simultâneo da
paciência e da urgência para cumpir prazos e metas e da sensatez nas escolhas
do caminhos."
Negociação de mudanças
No caso dos ministros do PMDB, as mudanças foram negociadas com Dilma pelo vice-presidente Michel Temer, principal liderança do partido. No do PDT, a troca é resultado de um conflito interno do partido - integrantes da cúpula da legenda eram contrários à presença deBrizola Neto no Ministério do Trabalho. Manoel Dias é o secretário-geral do partido, cujo presidente é o ex-ministro Carlos Lupi.
No caso dos ministros do PMDB, as mudanças foram negociadas com Dilma pelo vice-presidente Michel Temer, principal liderança do partido. No do PDT, a troca é resultado de um conflito interno do partido - integrantes da cúpula da legenda eram contrários à presença deBrizola Neto no Ministério do Trabalho. Manoel Dias é o secretário-geral do partido, cujo presidente é o ex-ministro Carlos Lupi.
Dias é o terceiro ministro do Trabalho do
governo Dilma, todos do PDT. O primeiro foi Lupi, que estava no cargo
desde 2007, ainda no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em
dezembro de 2011, pediu exoneração do cargo após denúncias de irregularidades
na pasta. Em abril de 2012, Brizola Neto (PDT) assumiu o ministério.
Com as mudanças (considerando a saída do
atual ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos), chegam a 20 as trocas
no ministério de Dilma desde que ela assumiu a Presidência. Em 2011, primeiro
ano de governo, houve nove substituições e, no ano passado, outras sete.
Na semana passada, o Congresso Nacional
aprovou a criação da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, que estaria
destinada ao PSD, do ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab. Mas ele teve um
encontro com Dilma na noite da última quarta e disse à presidente que o partido
ainda não pretende ingressar formalmente no governo, segundo informou o blog de Cristiana Lôbo.
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