SESSÃO ESPECIAL VAI DISCUTIR O TRANSPORTE COLETIVO

Sessão na CMA também vai colocar em questão irregularidades na planilha do Setransp.

Foto: Jorge Henrique/ Equipe JC
Nesta segunda-feira (11/03) às 15h, na Câmara de Vereadores de Aracaju, ocorrerá uma Sessão Especial para discutir sobre o transporte coletivo e as irregularidades da planilha do Setransp, encontradas pelo Movimento Não Pago.

O requerimento foi feito pelo vereador Iran Barbosa, e foi aprovado por unanimidade na última quinta-feira (07/03). Participarão da sessão o representante da Frente em Defesa da Mobilidade e Transporte Público, Demétrio Varjão, integrante do "Movimento Não Pago"; o representante do Conselho Consultivo e Superintendente Adjunto da SMTT, Coronel Denílson Peres Tosta; além do Superintendente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Município de Aracaju - Setransp, José Carlos Amâncio.

Nos últimos dias foi divulgada a planilha de custos na qual o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Município de Aracaju - Setransp, justifica o pedido de reajuste da tarifa de ônibus de 11%.

O Movimento Não Pago, que há anos vem exigindo do poder público, a realização de uma auditoria dos custos das empresas de ônibus, teve acesso ao documento e realizou uma análise, descobrindo algumas irregularidades que podem estar onerando a tarifa paga pelos usuários do transporte.

De acordo com Demétrio Varjão, economista e membro do movimento, alguns itens que não existem são incluídos no cálculo da tarifa. "A maioria da frota utiliza pneus tubless, sem câmara de ar, no entanto, a cada pneu comprado, é acrescido um valor de R$ 71,83 mais R$ 38,93, referente a uma câmara de ar e a um protetor de câmara respectivamente. Além disso, são incluídas despesas de motoristas e cobradores para os Midibus e Micro-ônibus, quando na verdade esses veículos só tem um empregado fazendo dupla função".
  
Para Luís Gustavo Mendes, advogado e também membro do movimento, as empresas precisam comprovar com notas fiscais os preços de insumos e dos veículos adquiridos. "Se formos pesquisar o menor preço de mercado para combustíveis, pneus, lubrificantes, etc., encontraremos um valor abaixo daquele informado pelo Setransp. Essa diferença de preço onera muito a tarifa de ônibus e o usuário que paga por ela. Portanto o cálculo do reajuste deve se pautar no menor valor de mercado e não no valor alegado pelo Setransp sem nenhuma comprovação".

Outro ponto questionado é a defasagem dos coeficientes de consumo dos insumos dos ônibus. "Eles se baseiam num índice defasado, dos anos 80, alegam que um pneu só dura 30.000 km, quando na realidade, hoje, um pneu de ônibus, com até duas recapagens, pode percorrer algo em torno de 170.000 Km", afirma Flávio Valério, desempregado e membro do Não Pago.

Na análise, o Movimento propõe uma revisão dos custos informados pelo Setransp, de maneira que o total gasto em combustível, pessoal e rodagem sejam reduzidos em 25,57%, 15% e 77,66% respectivamente. A diminuição desses custos impactaria diretamente na redução da tarifa em 19,39%, saindo de R$ 2,25 para R$ 1,82.






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