Uma tenente da Polícia Militar foi presa
nesta quinta-feira (21), acusada de receber propinas e distribuir com alguns
colegas, oriundas do jogo do bicho, rinha de galo e de bancos. O “negócio”
estava sendo tão rentável que havia até “reuniões” entre a tenente e os
subordinados para se “discutir a distribuição” das propinas.
A tenente Cristina, que comandava o Pelotão
da Polícia Militar no município de Campo do Brito, teve a prisão administrativa
decretada nesta quinta-feira, após o comandante do 3º- Batalhão, instalado em
Itabaiana, major Chaves ter feito algumas advertências à policial que mesmo
sendo avisada, continuou recebendo propina. Ela fazia o recolhimento e
distribuía com alguns PMs, enquanto outros não aceitaram.
Major Chaves disse na manha desta
sexta-feira (22), que a tenente Cristina foi presa através de medida preventiva
e se encontra presa no QCG da Polícia Militar de Sergipe onde aguarda a decisão
da justiça e os procedimentos que devem ser instalados pelo comando geral.
“Infelizmente eu tenho que contar isso na manhã de hoje. Isso aconteceu no
município de Campo do Brito onde a tenente Cristina estava recebendo propina do
jogo do bicho, das rinhas de galo e dos bancos. Ela, mesmo tendo sido avisada,
continuou praticando o ilícito, recebendo dinheiro da contravenção e inclusive
em uma reunião que ela fez com os subordinados, um soldado disse a ela que não
queria propina e se ela não parasse com isso ele, o soldado, iria denunciá-la
na Corregedoria. Por conta disso ela transferiu o soldado”, disse o major em
entrevista ao jornalista Gilmar Carvalho no programa Jornal da Ilha.
O major lamentou a atitude da tenente
Cristina afirmando que a policial mesmo sabendo que estava realizando coisa
errada, a policial continuou praticando o recebimento das propinas. Chaves
lamentou o fato, mas explicou que “a oficial foi avisada por duas vezes, mas
mesmo assim ela continuou recebendo propina. A coisa estava tão liberada que a
tenente Cristina foi até o comandante para contar o que estava fazendo. Isso
acabou fazendo com que eu decretasse a prisão dela por 72 horas, já que tudo foi
investigado após uma discussão que houve entra ela e um soldado que a avisou
que não participaria das irregularidades”, lamentou o major Chaves.
Major Chaves avisou também que “eu não
aceito essa oficial trabalhando ao meu lado, porque nós que estamos combatendo
o crime no agreste sergipano não posso me calar e deixar passar um fato como
esse. O oficial que a manter no cargo, que fique com ela em seu gabinete,
comigo eu não quero”, disse o major fazendo uma denúncia mais grave ainda.
Segundo o comandante do 3º Batalhão, major
Chaves, “havia venda do trabalho dos policiais militares para políticos. Isso
acontece e não vamos aceitar. Quero explicar que o fato não trata de
perseguição e sim de indignação. Eu quero aqui dizer que tenho convicção de que
tudo será resolvido”, disse o militar.
Chaves, ao explicar a situação sobre a
prisão, conta que a medida cautelar foi feita porque a “promiscuidade tomou
conta daquilo lá. E inclusive poderia haver uma morte por conta de tudo que
acontecia. Portanto, isso foi apenas cautela e tem mais. Haverá mais prisões”,
garantiu o militar.
Fonte: Fax Aju
0 comentários:
Postar um comentário