Governador Marcelo Déda Foto: ASN |
O governador de Sergipe, Marcelo Déda (PT),
reagiu às críticas de Eduardo Campos (PSB), que se referiu às disputas entre
petistas e tucanos como velha rinha, e insinuou que o governador de Pernambuco
usa de subterfúgios para esconder sua intenção de se candidatar a presidente da
República no ano que vem. Amigo de Campos, Déda defende a candidatura do
presidente do PSB pela aliança que hoje apoia o governo de Dilma Rousseff em
2018 e não em 2014.
Durante encontro de prefeitos, em
Pernambuco, na quinta-feira (21), Eduardo Campos afirmou que os ataques
verificados entre PT e PSDB nos últimos dias, já visando à disputa presidencial
de 2014, é tudo o que o País não precisa. Para Déda, em vez de criticar, Campos
deveria elogiar a briga entre os dois adversários porque tudo é feito às
claras, sem que ninguém tente esconder que está disputando pela conquista de
espaços e que, cada um, faz o que pode para defender seu projeto de governo.
Com relação à uma pretensa ´´rinha´´, pelo
menos um elogio meu amigo e companheiro Eduardo Campos deve aos últimos
pronunciamentos das lideranças do PT e do PSDB: elas estão sendo explícitas e
sinceras em suas pretensões. Independente das divergências de mérito, não estão
se valendo de subterfúgios para debater seus projetos e pretensões políticas
com a sociedade brasileira, disse ele, numa referência às movimentações do
governador de Pernambuco que, convidado a apoiar a reeleição de Dilma Rousseff
no ano que vem, disse que não vai tratar do assunto agora. Mas prometeu
lealdade em 2013. Campos é potencial candidato à sucessão da presidente da
República.
Para Marcelo Déda, mesmo com a candidatura
do senador Aécio Neves (PSDB-MG) já lançada em janeiro pelo ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso e com a de Dilma Rousseff alardeada pelo ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva num ato do PT, na quarta-feira (20), não há
antecipação de campanha. O que existe, segundo Déda, é um legítimo e necessário
debate político, oportunizado pelos dez anos de governos democráticos e
populares liderados pelo PT, dos quais o PSB foi e é aliado destacado.
Déda continuou: O que se discute - e isto
interessa a todos, empresários e trabalhadores, não somente aos partidos - é
qual modelo o Brasil quer para os próximos anos. Ele aproveitou para pôr mais
lenha na fogueira da briga entre PT e PSDB e voltou a fazer comparações entre
os governos dos dois partidos. Nos últimos 18 anos o País experimentou dois
modelos de administração pública. Qual deles a sociedade quer doravante? Este
debate é um dever dos partidos e um direito da sociedade.
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