“Porque
ficaram vencidos, se a população estava querendo? Ou será que houve outros
fatores?”, indaga.
João Alves diz que vai tomar medidas enérgicas Foto: Reprodução |
O
prefeito de Aracaju João Alves Filho (DEM), que esteve, na manhã da ultima sexta-feira
na Assembleia Legislativa prestigiando a posse da nova Mesa Diretora para o
biênio 2013/2014, tendo a deputada Angélica Guimarães (PSC) como presidente,
comentou as denúncias feitas pela secretária municipal de Saúde, a deputada
estadual Goretti Reis (DEM), sobre desmandos na área da Saúde da Prefeitura de
Aracaju durante a gestão do então prefeito Edvaldo Nogueira (PC do B),
sobretudo no tocante a mais de 30 toneladas de medicamentos vencidos deixados
como herança. João Alves avaliou ser muito triste constatar fatos como este, ao
mesmo tempo em que se assiste a uma situação caótica na saúde pública. Segundo
ele, sobretudo porque pessoas morreram por falta de remédios durante a gestão
anterior.
“A saúde
pública do município, como está, se transformou em inviável. Vamos tomar
medidas drásticas para conseguir que a secretaria passe a ser auto-sustentável,
que a receita possa cobrir as despesas. Hoje, as despesas ultrapassam e muito
as receitas. Mas não estamos alheio ao problema, e vamos tomar medidas
enérgicas”, prometeu o prefeito de Aracaju. “É uma quantidade enorme de
remédios que ficaram vencidos. Porque ficaram vencidos, se a população estava
querendo os remédios? Ou será que houve outros fatores? Não sei. Mas é muito
triste constatar isso”, disse.
Lavagem de
dinheiro
Provocado
pelo repórter Genilson Kennedy, Rádio jornal 540 AM, sobre a possibilidade de
os medicamentos vencidos terem servido para “lavar dinheiro”, o prefeito
respondeu que não gostaria de entrar neste debate. “É uma posição sua. Eu parto
do princípio que todo mundo é honesto até que se prove o contrário. Não
trabalho com esta hipótese, mas é conhecido e lamentavelmente esta prática
existe em alguns lugares. Não quero dizer que isso aconteceu aqui em Aracaju,
mas, no mínimo, foi um despreparo administrativo. Os remédios têm que ser
comprados de acordo com a programação. Se faz estatística. Vamos pagar para
incinerar”, lamentou.
João
Alves não quis adiantar aos jornalistas, mas disse que já tem conhecimento de
onde está partindo o desequilíbrio, e insistiu que tomará medidas enérgicas.
“As medidas serão anunciadas no momento certo, mas uma boa parte de onde está
causando este desequilíbrio. Não é possível. O volume de recursos que está
sendo gasto na saúde pública é extremamente elevado. Muito acima da média dos
municípios do mesmo porte (que Aracaju) do Brasil, e não está atendendo a
população”, disse garantindo que os remédios chegarão aos que precisam.
Proinveste
Sobre as
conversas que governistas e oposição estão tendo sobre o Proinveste,
ressalvando que tem acompanhado à distância, por não ser parlamentar, João
Alves observou que, desde o início das discussões, sempre colocou que nunca
seria contra os interesses de Sergipe. “Venha de onde vier. Também defendo
outra tese: política é o diálogo. Estou vendo um clima de diálogo aberto.
É muito positivo. Torço para que se chegue a um bom entendimento governador x
Assembleia – isso é positivo para o estado”, acredita.
Por Joedson Teles do Portal Universo Politico
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